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Luiz Antonio Mello morre aos 70 anos; o radialista que impulsionou o rock brasileiro

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Morreu na quarta-feira (30.4), aos 70 anos, o jornalista, radialista e escritor Luiz Antonio Mello, uma das personalidades mais marcantes da comunicação e da cena cultural da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, onde nasceu. Ele estava internado no Hospital de Icaraí, onde se tratava de uma pancreatite, mas teve uma parada cardíaca, pouco antes de realizar uma ressonância magnética.

Seria exagerado creditar a ascensão mercadológica do rock brasileiro nos anos 1980 somente ao idealismo visionário do radialista e jornalista fluminense Luiz Antonio Mello, que nasceu em 18 de fevereiro de 1955.

Da mesma forma, seria injusto minimizar a relevante contribuição de LAM – como também era conhecido esse bendito niteroiense que morreu hoje, aos 70 anos, em decorrência de parada respiratória sofrida quando ia fazer ressonância magnética para tratar pancreatite – para o impulso do rock nativo a partir de 1982.

Por isso, a notícia de que Luiz Antonio Mello saiu do ar para sempre enlutou o universo pop brasileiro. É que Mello foi o cara que, como resumiu Frejat em homenagem publicada na rede social do artista, “abalou as estruturas” de um sistema que envolvia gravadoras e emissoras de rádio.

Foi através das ondas da Fluminense FM – a emissora conhecida como A maldita que entrou no ar em 1º de março de 1982 sob o comando de Mello – que as cartas do jogo mercadológico foram embaralhadas e que a geração 80 ganhou visibilidade imediata, se conectando com um público jovem que já não se identificava com a MPB.

De 1982 a 1984, bandas desconhecidas como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Kid Abelha e Biquini Cavadão entraram na programação da Fluminense FM – emissora que veiculava demos de grupos iniciantes – e de lá saltaram para o elenco de gravadoras multinacionais como EMI e WEA, fazendo antes escala no Circo Voador, palco carioca que também ajudou a amplificar o rock que pedia passagem naqueles tempos modernos.

Idealista, Luiz Antonio Mello pôs no ar uma cena roqueira independente que pulsava nas garagens e nos porões. A estrutura da emissora era precária, mas a paixão era imensa.

Essa historia heroica foi contada pelo próprio Luiz Antonio Mello no livro A onda maldita, editado em 1982. A narrativa do livro inspirou Tetê Mattos a dirigir o documentário A maldita, lançado em 2019. Entre o livro de Mello e o filme de Tetê, houve um segundo livro, Rádio Fluminense FM – A porta de entrada do rock brasileiro nos anos 80 (2005), escrito pela jornalista e baterista Maria Estrella.

Mais recentemente, no ano passado, a história da Fluminense FM rendeu o filme Aumenta que isso aí é rock’n’roll (2024), com o ator Johnny Massaro interpretando Luiz Antonio Mello, relevante radialista e jornalista musical que, ao morrer, deixa no ar um capítulo crucial na história do rock brasileiro.

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